segunda-feira, 3 de março de 2014

A volta ao trabalho

Desde que me tornei mãe, parece que todos os clichês se materializaram na minha vida. De alguns deles eu até duvidava, mas acho que daí sim a vida quis me mostrar que eram verdades. Um exemplo é o momento em que acaba a licença-maternidade, você precisa voltar a trabalhar e deixar o filho na escola. Sempre diziam: dói mais na mãe do que na criança. Eu achava um pouco exagerado. Rá!

Eis que meu dia chegou. Que aperto no coração! Em outros tempos, eu pensaria: Meu Deus, mas a criança vai ficar algumas horas na escola, depois a mãe busca e pronto, não é nenhuma viagem pra China. Pois bem, pensa assim quem nunca teve um ser humano que saiu de dentro de você.

Você abrigou essa pessoa nove meses dentro de você! Depois passou mais seis meses em dedicação exclusiva e aquele serzinho era tão frágil e dependente. Me diz como largar esse ser assim, sem mais nem menos, em uma escola? Não tem como fazer sentido para quem não é mãe (olha o clichê aí!).

Já voltar ao trabalho propriamente dito foi uma sensação bastante estranha. Ao mesmo tempo que eu estava bem perdida, com os pensamentos na Sara, parecia que eu tinha saído dali ontem. Só que quando eu saí dali, dois dias antes da Sara nascer, eu não era mãe. Eu era gestante. Eu achava que era a mesma coisa, mas definitivamente não é. Encontrei no meu computador de trabalho algumas fotos de grávida e deu saudades da barriga e toda aquela expectativa. Por outro lado, naquela época eu não sabia de nada. Não sabia como a minha vida ia mudar, como eu ia mudar (clichês!!).

Tenho realmente sentido como é forte o vínculo entre mãe e filho como nunca havia imaginado. A gente escuta sempre falar sobre o vínculo, como é importante, mas só agora entendo a força dessa relação. Só sendo mãe para saber, hahahaha!

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